Venha para o maravilhoso mundo do cosplay

 “Uma vez que você está dentro, você está dentro.” É assim que Wendy Sonali explicaria o cosplay – pense em “fantasia” e “role-play” – um passatempo que faz as pessoas se fantasiarem de personagens de videogame, filme ou quadrinhos. Embora se acredite que o cosplay tenha se originado no Japão, suas raízes estão firmemente nas convenções ocidentais de ficção científica e fantasia.

Sonali participa de várias convenções de quadrinhos, videogames e animes por ano. É um hobby que pode ser não apenas viciante, mas caro. Para cada “con”, ela faz fantasias e adereços que custam centenas de dólares – tudo por algumas horas de diversão e libertação do mundo real. Uma vez que ela está em um de seus trajes elaborados, pode ser difícil sair dele – até mesmo para cuidar das funções humanas mais básicas.

“Eu esqueço que sou uma pessoa e não sou esse personagem não humano de videogame”, disse o morador de Garden Grove de 24 anos. “Os seres humanos têm funções corporais, mas é uma luta ir ao banheiro muitas vezes fantasiado. “Em muitas fantasias, você teria que se despir para entrar no banheiro, então você não quer beber nada ou comer nada porque você não quer ter que lidar com ir ao banheiro. Já tive ataques de pânico porque não me hidrato.”

Sonali, que atende pelo nome de cosplay "Miss Wendybird", disse que esses são apenas alguns dos inconvenientes com os quais ela lida para celebrar seu nerd. Ela começou a fazer cosplay aos 17 anos e é frequentemente reconhecida em convenções por suas roupas, permitindo que ela se conecte com outros cosplayers, como Caitlin Schwartz.
Os dois se conheceram em uma convenção há dois anos, quando ambos se vestiram como versões diferentes de Elizabeth, personagem do videogame “Bioshock Infinite”, que usa várias roupas que incorporam as cores azul, branco e dourado. Um quase se assemelha a uma roupa de adolescente, enquanto outro mostra um lado mais adulto do personagem em um espartilho.
Schwartz, uma moradora de Fullerton de 23 anos, que atende por "Lady Shepard", começou a fazer cosplay há cerca de três anos.

Mas chegar ao ponto em que ela está agora – ela tem mais de 8.800 fãs no Facebook – não foi fácil. Ela não sabia costurar no começo. No início, ela encomendou fantasias, mas quando sua mãe finalmente conseguiu sua primeira máquina de costura, Schwartz conseguiu criar Elizabeth.

“Eu simplesmente me apaixonei por artesanato, ser criativo e me sentir orgulhoso depois de fazer algo”, disse ela. Schwartz, que trabalha no varejo, disse que uma de suas peças favoritas era uma arma que lhe custou cerca de US$ 200 para ser produzida. Esse preço não inclui o tecido para sua fantasia, peruca ou qualquer outro material. Isso tudo correu algumas centenas de dólares a mais.

Mas o processo de cosplay é mais do que apenas comprar, fazer e usar fantasias. As duas mulheres podem passar meses fazendo brainstorming, pesquisando e encontrando padrões. A comunidade cosplay é solidária. “Tem sido um monte de tentativa e erro com vídeos do YouTube e descobrir isso”, disse Schwartz. “A coisa sobre fazer amigos nesta comunidade é que todo mundo tem o conjunto mais estranho de habilidades, e todos apenas ajudam uns aos outros.”